"AINDA HÁ TEMPO"
Era Verão, e nos teus olhos sonhadores
bailavam poalhas de uma primavera
que te negaste a viver.
Nas mãos o desejo incontrolável
de me teres só para ti,
no coração, a saudade de uma estação
que partiu cedo de mais
no ar, o perfume adocicado da baunilha.
Silenciosamente, esperei pelas tuas mãos
enquanto as tílias floresciam de novo.
Eu, nunca me ausentei, continuei à espera
que uma nova primavera chegasse
e te trouxesse com ela.
Assim, fiquei neste limbo
saboreando a suavidade do tempo.
Não sei se algum dia virás
então, olha bem para os meus olhos
e... guarda-me em ti.
Fernanda Duarte Cabral
16/07/2023
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