" O DEGRAU"
O degrau enorme dava acesso à porta
pintada de verde
que ficava na esquina da casa.
Era o meu companheiro
nas tardes de domingo
Quando não havia mais nada para fazer
levava o meu caderno sempre comigo
era eu e ele e ele e eu
e em paz com Deus e a natureza
rabiscava o que me ia na cabeça
e no coração.
A minha alma de poeta
nasceu ali, nas entrelinhas do papel
enquanto pequenas flores
despontavam na berma da estrada
e os passarinhos chilreavam
numa alegria constante.
As folhas das árvores rumorejavam
contando-me segredos,
e eu imaginava, imaginava....
O meu pensamento voava
nas asas da imaginação
e tudo acontecia
com um caderno e uma caneta
que tinha na minha mão.
Fernanda Duarte Cabral
04/02/2023
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