quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Minha Janela

Debruçada na minha janela
Vejo automóveis a passar
As árvores abanar
O vento a soprar
As pessoas a correr
E eu, parada ali a ver
Vai anoitecer....
As estrelas brilham cintilantes
E eu vou adormecer
Envolta nos meus lençóis
Salpicados de brilhantes.

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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Jornal Gaivota

O Gaivota é um jornal
Com notícias para ler
Fotografias, reportagens
Histórias de enternecer

O Clube dos Avós
É um cantinho bem bonito
Para recordar o passado
E se lembrarem de nós

"Limpar Portugal"
É um projecto com beleza
Porque assim aprendemos
A proteger a natureza

Um dia cheio de fantasia
Com o "sonho da lua"
Foi só alegria
Na escola e na rua

O Carnaval é uma festa
Por sinal bem engraçada
As máscaras e mascarilhas
Fazem jus á palhaçada

Sardinheiras com encantos
Em vaseiras floridas
São cantos são recantos
Cuidados por mãos queridas

Falar de arte e de teatro
É sempre muito bom
Os meninos interessados
Estudaram bem a lição

E para terminar
O Gaivota vai voar
Ás pessoas que o leram
Vai concerteza agradar.

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As Meninas

Anabela é muito bela
Beatriz é feliz
Carolina é muito fina
Daniela abre a janela
Ema é um poema
Frederica tem pica
Gisela é tagarela
Henriqueta tem chupeta
Irene toda treme
Joana rima com cama
Luísa quer ser juíza
Maria chama pela tia
Núria é uma fúria
Odete come chiclete
Paula usa o cacetete
Q não é de bandolete
Rita tem uma fita
Sara olha p´ra cara
Teresa pôe a mesa
Urraca está fraca
Vitória é uma história
Xana abana a choupana
Zulmira é caipira
Estas lindas meninas
Gostam muito de passear
Mas preferem a janela
Numa noite de luar
Vêem gente a passar
E estrelas a brilhar
Quando querem ir dormir
Vão para a cama sonhar

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terça-feira, 14 de setembro de 2010

A Minha Boneca

A minha boneca
Chamava-se Candidinha
Era muito gordinha
E também engraçadinha.
Tinha cabelo encaracolado
E um lacinho de lado
A boquinha vermelhinha
Parecia uma romã
Quando estava triste
Chamava pela Mamã
Tinha dois braços gordinhos
E dois dentes certinhos.
Brincava muito comigo
E dava-me miminhos.
O vestido cor-de-rosa
Assentava na perfeição
E apertava de lado
Com um botão
Tinha uma fita lilás
Que dava um laço atrás.
Um dia, a minha boneca
Caiu ao chão e partiu
Ficou toda em bocadinhos
nunca mais ninguém a viu

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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A chave

A chave do meu coração
Não a dou a qualquer um
Dou apenas ao meu amor
Não a dou a mais nenhum

Esta chave que abre e fecha
Não tem explicação
Ela serve apenas
Para abrir meu coração

Meu coração vermelhinho
Que te ama com ardor
Deixa-o bem fechadinho
Quando chegar o calor

Foi o calor do teu peito
Que lhe deu tão linda cor
Este coração vermelhinho
Já chorou por teu amor.

Já nem sei

Eu já nem sei
Se sei o que sei
E se soubesse?
O que seria de mim?
Por isso prefiro não saber
E viver a vida assim!

Gorros de criança

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A Formiga Rabiga

A Formiga Rabiga
Tem uma grande barriga
Ela come, come, come
E está sempre com fome.
Tanta comida comeu
Que teve uma indigestão
Ficou doente do estômago
E mal do coração.
Trabalha todo o Verão
Para que não falte o pão
No Inverno fica a dormir
E leva a vida a sorrir
Quando se quer divertir
Vai passear ao cinema
E para se exibir
Diz um poema.
Os amigos batem palmas
Riem das suas brincadeiras
E ela toda vaidosa
Fica cheia de peneiras
Então, meninos e meninas
Acabou-se esta história
Porque a Formiga Rabiga
Tem mais olhos que barriga.

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Peças de Xadrez

Sabem quantas são
As peças de um xadrez?
Não? são três?
Rei, Rainha
Bispo, Torre
E então?
Não te esqueças do Peão!
Se isso acontecer
Vais levar um safanão!

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O Alecrim

O Alecrim foi passear
Resolveu entrar no jardim,
E viu um cão de pernas p´ro ar
Continuou a caminhar
E encontrou o jasmim.
Depois de muito brincar
O passeio chegou ao fim
E eu, que ia a passar
Fiquei com o cheirinho
A ecoar dentro de mim.

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A Pulga Salta Salta

A Pulga Salta Salta
Salta salta sem parar
Dá um salto
Dá dois saltos
Dá três saltos para o ar.
Quando está com muito frio,
Vai-se logo esconder
No pêlo do gato vadio.
E para se aquecer
Trata de se encolher.
O gato não acha piada
Então...desata a correr
E a Pulga cheia de medo
Só grita: Ó gato! vai devagar
Senão eu vou espirrar!

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Tabuleiro bordado a ponto de cruz

Pintura em parede de quarto

Jardins de Viena

Os Jardins de Viena
São um lindo poema
Repleto de flores.
São goivos, são violetas
São tulipas, borboletas
Que esvoaçam sem parar.
Os jardins de Viena
São um ponto cardeal
São um lustre
São pingentes de cristal
São uma doce melodia
Um hino á alegria.
Os Jardins de Viena
É a Primavera....
Que está á nossa espera!..

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Imaginação

A janela está aberta
Ouço o piano a tocar
Uma valsa de Strauss
Que apetece dançar.
As notas são constantes
E as músicas inebriantes
Então....
Dou asas á imaginação
E penso com o coração:
Estou num bosque de Viena
E sinto-me tão pequena.
No meio de tanta beleza
Há gente com riqueza
Mas também muita pobreza
Vou começar a dançar
O tempo não vai parar....
Vou andar pelo caminho
Perfumado a rosmaninho
Sempre a imaginar....

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O Menino

O Menino chorava
À beira do mar
Perdeu a sua bola
Não a conseguiu encontrar
Chamou pela Mãe
Que lhe disse:
"Não chores filhinho"
"O mar só quer brincar"

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O Concerto

Vai começar o concerto
Com artistas nacionais
Vamos ouvir alguns fados
E outras canções banais
É entrar meus senhores
É entrar...
Vamos ouvir os tambores a rufar,
A viola a timbrar
E a guitarra a soluçar.
O concerto continua
Com artistas á mistura
O público bate palmas
E a música inunda as almas
É entrar, meus senhores
É entrar...
A festa vai continuar....

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sábado, 11 de setembro de 2010

Blá blá blá

Segunda-feira vou á escola
Levo o lanche e a sacola
Terça-feira no recreio
Jogo á bola e ao pião
Quarta-feira, Quinta-feira
Estudo bem a lição.
Sexta-feira que canseira!
Corro logo p´ro portão
Uf! tou cansada!
Mais escola, não!

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A Velha

Uma velha muito velha
Limpa o lixo da lareira
Á procura do tostão
Que anda perdido no chão,
Mas o chão está tão gasto
Que ela lhe perdeu o rasto.
Uma velha muito velha
Tira a aranha da teia
Acende a luz da candeia
Para iluminar a telha.
Faz a sopa no fogão,
Hortaliça migadinha
Arroz, batatas e grão
E um punhado de feijão.
No paninho de estopa
Ela pôe a rica sopa
Senta-se para jantar,
Come tudo, tudo, tudo
E, depois vai-se deitar
E, começa a ressonar....

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Relógio bordado a ponto de cruz

Quadro bordado a ponto de cruz

Sinalizador de quarto de criança

O Beto Baterista

O Beto Baterista
É um grande artista
Na bateria é o maior
E no tambor
É um doutor.
Ele domina os instrumentos
com tal mestria
Quem diria!
O Beto Baterista
Parece mesmo um trapezista!

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A Pretinha Julieta

A pretinha Julieta
Anda de camioneta
É muito formosa
E também é vaidosa.
É corada
E muito engraçada.
Gosta de usar pó d´arroz
Vai ao espelho
E depressa o pôs
Mastiga chiclete
E anda de trotinete.
Esta pretinha é maluca
Truca, truca, bazaruca.
Diz que vai estudar
P´ros "minino"ensinar
E se não for professora
Quer ser doutora
P´ras doenças poder curar.

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Porta retratos

Caixinha muitiusos

Quadro para quarto de criança

Babete

Avental para a Mamã

Fraldas pintadas

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O João Cota

O João usa a bota
Para pôr o pé na mota
Mota torta
Perdigota
Que lhe faz
A perna torta
Para todos é risota
É tamanha engenhoca
Pé na mota
João Cota
Zás prás trás
Se fores capaz.

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O Girassol e a Borboleta

O Girassol abre de manhã
Gira, gira sem parar
O Girassol fecha á noite
Quando a Lua está a espreitar.
Á tarde...
A Borboleta
Que anda por ali a voar,
Resolve de repente
No Girassol poisar.
Em vez de andar de lambreta
Esta linda Borboleta
Bate as asas sem parar,
Bate, bate devagar
Bate, bate até cansar....

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O Gato Miagui

A história do meu gato:

O Gato Miagui
Faz cá cada fita
E um cara de pau
Só sabe fazer
Miau,miau miau

Bigodes branquinhos
Nariz ás pintinhas
Olhos meiguinhos
Rabo comprido
Um gato tarado!

Come azeitonas
Bebe leitinho
Gosta de iogurte
E também de gelado

O gato Miagui
Gosta de dormir
Todo enrolado
Se apanha um susto
Fica de lado

Passeia p´ra cá
Passeia p´ra lá
Dá grandes corridas
Rebola no sofá

Gosta de colinho
E faz ronron
Não gosta de água
Nem de sabão

O gato Miagui
Já é velhinho
Gosta de festinhas
E muito carinho.

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O Porquinho Fagundes

O Porquinho Fagundes
É muito engraçado
Nariz cor-de-rosa
Rabito enrolado

O Porquinho Fagundes
Só tem um irmão
Brinca com ele
À bola e ao pião

O Porquinho Fagundes
É um grande comilão
Ele come muita sopa
De couve e de feijão

A barriguita dele
É parecida com um balão
Ele come sempre muito
Não sabe dizer que não

O Fagundes vai á escola
Leva o lanche e a sacola
Aprende que a educação
É tão útil como o pão

Sua mãe Dona Urraca
Também é muito gordinha
Como gostaria ela
De ser um pouco mais fininha
Mas há um grande problema!
É que se a Dona Urraca não come
Sente-se sempre
Muito fraca.
Mas,como nem sempre podemos
Comer aquilo que queremos
Temos de nos contentar
Apenas com o que temos.

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O Cãozinho Tótó

Mais uma história do meu livrinho imaginário:

O Cãozinho Tótó
É um grande artola
Anda de fato
E usa cartola

Não gosta de pôr
As patas no chão
Porque, diz ele:
Não é vida de cão

Gosta de sair
E vai ao teatro
Anda de bengala
Não gosta de farrapos

O cãozinho Tótó
É muito jeitoso
Rabito no ar
É muito vaidoso

Se passares na rua
Tira-lhe o chapéu
Ele é muito simpático
E faz béu béu!

Quando vai passear
Vai sempre a ladrar
É a maneira que tem
De cumprimentar

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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Carta a uma Amiga

Minha amiga
Não te sintas assim,
Perdida...
Há sempre uma avenida
Mesmo que não tenha saída.
E se assim for,
Tens a estrada
Que podes percorrer
Uma vida para viver.
E mesmo que precises
De correr,
Corre amiga,
Corre....

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O Galo Galaró

O Galo Galaró
Anda numa perna só
É um galito muito engraçado
Para cantar,
Só canta no telhado
A Galinha Pintada
É toda corada
Tem penas amarelas
E não gosta delas
No galinheiro é uma risota
A Galinha Pintada
Anda toda torta.
A Dona Maria
Que é dona dela
Disse-lhe um dia:
Vais p´ra panela
A Galinha Pintada
Ficou muito triste
E de pata em riste diz:
Oh! que tarada!
O Galo Galaró concordou
E para castigo
Da Dona Maria
Nunca mais cantou!!

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O Leão Sebastião

O Leão Sebastião
É um grande comilão
Faz a sesta e não protesta.
Na savana é o maior
Sabe as músicas de cor.
É um bom anfitrião
A todos estende a mão.
Gosta de cumprimentar
E de se rebolar.
Não gosta de se incomodar
E quando o é, diz:
Oh! que maçada!
Já me estão a chatear!
Todos lhe tem muito respeito
Pois ele é o rei da selva.
Sabem o que os outros
Pensam dele?
Ele é cá uma melga!
E já agora:
Voçês tem a mesma opinião?
Eu, não!

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O Peixinho Vermelhinho

O Peixinho Vermelhinho
É todo despachadinho
Quando vai nadar no mar
Começa logo a chamar:
Chama o primo e a prima
A Sardinha e a Faneca
Chama o Carapau que grita:
Que horror! estou careca!
Chama a Enguia Mexia
Que não parava quieta.
O Polvo mais a Lula
Para a brincadeira vão,
De repente se esqueceram
De convidar o Cação.
Todos estes peixinhos
Querem ir brincar no mar
Haverá mais amiguinhos
Que queiram ir ajudar?

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Caracol Caracolinho

O Caracol Caracolinho
Que anda devagarinho
Resolveu um dia
A sua casa pintar,
Então, pegou num pincel
E começou a trabalhar.
Escolheu o castanho
Que é uma cor gostosa
Embora ele gostasse
muito mais do cor-de-rosa.
Fez risquinhas desta cor
Que parece chocolate
Não é feio e tem arte.
O Caracol pintou
E da sua cor gostou.

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A Ovelhinha Mémé

A Ovelhinha Mémé
Tem uma caixinha de rapé
Para guardar a ervinha
Que come de manhãzinha.
A Ovelhinha Mémé
Tem um amigo leal,
É um cão muito fiel
Que se chama Manuel.
Quando vão os dois p´ro campo
Gostam muito de lá brincar
E ficam a conversar
Até o dia findar.
Quando regressam a casa,
Vem os dois muito juntinhos
Sobem e descem os montes
Dando muitos saltinhos.
E como estão muito cansados,
Vão-se deitar a dormir
De manhã, logo cedinho
Vão outra vez reunir.

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A Bola Rebola

Vou dar início a um livro imaginário com  pequenas histórias sobre animais, e outras coisas escritas em verso a que dei o título de: "Histórias de Animais e Outras Coisas Mais"

A Bola Rebola
Está muito cansada
Tanto brincou
Que ficou encarnada.
Um menino ladino
Chamado Zé
Deu-lhe um forte pontapé,
Depois esmoreceu
E nunca mais correu.
Se ele amanhã
Quiser brincar
A bola vai andar
Por aí a rebolar!
 

Recanto

O meu recanto preferido
É um pequeno jardim
Com uma hera enrolada
E a varanda com jasmim.
Também tem belas roseiras
Flores brancas, vermelhas
Amareladas...
Mas as rosas que eu mais gosto
São aquelas cor de carmim
São umas rosas tão bonitas,
Que sempre que olho para elas
Elas sorriem para mim.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nossa Senhora da Ajuda

A Nossa Senhora da Ajuda é a padroeira da cidade de Espinho, e todos os anos no mês de Setembro é festejada; como todas as festas. há a parte profana e a religiosa. Resolvi fazer umas quadras dedicadas a Ela:


A procissão da Senhora
Sai do adro da capela
As pessoas em silêncio
Vão olhando para ela

Os andores enfeitados
Por mãos cheias de ternura
Com flores e florinhas
Tudo numa grande mistura

Vai em direcção ao mar
Onde o padre faz o sermão
Todos unidos rezam
Uma piedosa oração

Os tapetes de flores
Que estão a cobrir o chão
Decoram o caminho
Onde passa a procissão

Sobe a rua vinte e três
Os cavalos a ladear
Todos cheios de imponência
As crinas a dar a dar

As varandas enfeitadas
Com colchas n´elas poisadas
Fazem jus á romaria
Que dura todo o dia

A fanfarra dos bombeiros
Também não podia faltar
Ouve-se descarga de foguetes
Pelo céu a ecoar

Os anjinhos tão bonitos
Vão a seguir o andor
Logo atrás, tum, tum, tum
Ouve-se o rufar do tambor

Passa o padre sob o pálio
Mais os senhores importantes
As bandas sempre a tocar
E as músicas são constantes

Os irmãos da confraria
Fazem também parte da festa
Ó Nossa Senhora da Ajuda
Não há outra igual a esta

Desce a rua desanove
Algum cansaço á mistura
As pessoas seguem a pé
Com um misto de ternura

Vai recolher á capela
Para poder descansar
O povo só fala n´ela
Agora vão para casa
Continuar a rezar.

sábado, 4 de setembro de 2010

Lenga-Lenga (continuação)

Os Padrinhos
As Madrinhas
Dão lembranças aos meninos
Que são bem engraçadinhas.
Os sinos tocam na torre
Há alecrim e oliveira
Há borrego e carne assada
Pinga o vinho da torneira.
Mês de Junho está a chegar
Mês dos Santos populares
Pinga a sardinha no pão
Ó meu rico S. João!
Estalam foguetes no ar
Salta a gente na fogueira
Muitos casais a dançar
Unidos p´ra vida inteira.
Santo António, Santo António
Estes casais abençoa
Dá-lhes alho e mangerico
Santo António de Lisboa
São Martinho vai chegar
O vento frio a soprar
A castanha sabe bem
E a jeropiga também.
E o ano continua
Chega outra vez o Natal
Cai a noite
Nasce a Lua
Dum canto celestial.


Escrito no dia 10/06/2010

Lenga-Lenga

O Natal é anual
É afesta principal
São as luzes a piscar
As crianças a brincar
E os adultos a cantar.
A família em união
São os pobres e os ricos
Juntos na mesma canção.
São os doces
São os fritos
Bacalhau e coscorões
Rabanadas bem fritinhas
Bilharacos aos montões.
Merendeiras, azevias
Migas, formigos, filhós,
Uvas passas, avelãs
umas casquinhas de nóz.
A seguir é Carnaval
Uma festa bestial
São fadas e duendes
São bonecos
São comboys,
São peixinhos com anzóis.
São ratinhos foliões
Que andam aos trambolhões.
E o palhaço muito rico
A quem não falta o apito?
A Páscoa vem a seguir
É a Páscoa, Pascoela
A moeda na rodela,
As amêndoass bem docinhas
Enfeitadas nas caixinhas
s

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Os Pescadores

De madrugada sai o barco
Regressa ao romper do dia
Os pescadores todos unidos
Rezam á Senhora da Guia

A pescaria foi boa
Dá para comprar o pão
As mulheres dos pescadores
Já fazem o seu pregão

Apregoam a sardinha
A cavala e o cação
É daquela miudinha
P´ra fazer o pastelão

D´ Espinho viva fresquinha
É muito requisitada
A gente mete nos sacos
E leva-a bem embrulhada

As mulheres estão na praia
A falar da vida alheia
E os miúdos traquinas
Jogam á bola na areia

Os pescadores cosem as redes
Depois dum dia de suor
E pedem a Deus baixinho
Que amanhã seja melhor


13/0672010

Voltinha gastronómica

Estes versos levam-nos num passeio pelo nosso Portugal, através da gastronomia  e doçaria

As tripas á moda do Porto
Levam carne e feijão
É comer e encher o prato
E um copo de vinho bom

O grão de bico cozido
Com posta de bacalhau
Com salsa e cebolinha
O petisco não é mau

A mão de vaca tenrinha
É muito boa afinal
Depois de toda comida
É um grande festival

O leitão da Mealhada
É outro petisco bom
Com a batatinha frita
E um bom naco de pão

A caldeirada de peixe
E o marisco de babar
São os pratos mais usados
Por quem vive á beira mar

Sardinha bem assadinha
No braseiro da vizinha
Enguias e mexilhão
Claro que é tudo bom

O cabrito bem assado
Com batatas no fogão
Enche a barriga do povo
E os ossos são p´ro cão

A açorda muito boa
Com a sêmea bem cortada
Também é apreciada
Pelas gentes de Lisboa

As migas do Alentejo
Dão alento e calor
Com coentros e poejo
Sabem ainda melhor

E agora vem os bolos
Que são de chorar por mais
São os doces muito doces
Que nos fazem andar aos ais

É a baba de camelo
Feito na panela de pressão
Este doce não tem pêlo
Mas é muito, muito bom

É o pão de ló de Ovar
Que é muito molhadinho
É comer até fartar
Pois ele é muito docinho

É a torta de laranja
Que é coisa bem gostosa
Quando está a sair do forno
Deixa a casa bem cheirosa

É a tarte de amêndoa
Que sabe sempre bem
Come o Avô e a Avó
O Pai e a Mãe também

O doce Molotov
É um doce de excelência
Mas, para o fazer bem
É preciso competência

Aletria amarelinha
Com canela a enfeitar
É a massa bem docinha
Tão boa p´ro paladar

Os ovos moles de Aveiro
Comem-se na pastelaria
Num passeio pela ria
Num barco moliceiro

As trouxas das Caldas
E as areias de Cascais
Guardadas em caixinhas
São de chorar por mais

Do Algarve, os D.Rodrigo
São um doce muito bom
Feitos de amêndoa e de figo
E amor no coração.


16/06/2010

Santos Populares

Estes versos foram feitos no dia 15/06/2010 mês dos Santos Populares

Mês de Junho está a chegar
Com os Santos populares
Santo António, S João
A sardinha pinga o pão

As marchas tem que levar
Um arquinho e um balão
Um vaso de mangerico
O alho porro na mão.

Ó meu rico Santo António
Eu quero-te dar um beijinho
Chega-te bem para cá
Devagar, devagarinho

Santo António casamenteiro
Santo António de Lisboa
Vou comprar um marmeleiro
E ter uma vida boa.

Santo António tem ao colo
Um menino bem gordinho
Ele come muito pouco
Mas é bem anafadinho

O S. João é um santo
Festejado em Miragaia
A noite é de folia
Vamos todos p´ra gandaia

A festa do S João
É o dia dos foliões
A gente vai animada
Por aí aos encontrões

Santo António e S. João
Estão quase acabar
O S. Pedro vai no barco
Por aí a navegar..

As festas já terminaram
Os santinhos vão dormir
P´ro ano se Deus quiser
Vão outra vez reunir.

Noite Tenebrosa

Ó noite tenebrosa
Minha alma ansiosa
Para te ver sossegar
Tal como uma gaivota
Na calmaria do mar.
Ó noite tenebrosa
Não te quero ver voltar,
Diz á chuva,
Diz ao vento,
Que te dê algum alento
Para poderes sossegar.
Não quero o teu sofrimento,
Os barcos vão navegar
Por sobre as águas do mar
Se a noite tenebrosa
Deixar...


10/07/2010

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Neste lugar

Neste lugar aqui
Eu chamo por ti
Neste lugar aqui
Eu vivo!
Eu respiro!
Eu amo!
Eu choro!
Neste lugar aqui
Eu grito:
Eu estou aqui!


Este foi feito no dia 31/08/2010

Pedido

Sob o auspício das estrelas
Numa noite de luar
O mar pediu á areia
Para com ele casar.
A areia ficou a pensar
E deixou-se embalar
Nos braços ternos do mar.
E os dois eternamente,
Ficaram abraçados
Para sempre a namorar.


poema escrito no dia 2/09 /2010 num passeio na esplanada

Rugas no olhar

Este poema foi feito a pensar no meu Pai,que infelizmente já não está entre nós.

Rugas no olhar
Rugas profundas
Dois pássaros no ar
São andorinhas negras
Que andam aí a voar...
Rugas no olhar
Sulcos na terra
Duas águias que estão
Sobrevoando a serra.
Serra morena
Rodeada de capim
Dois olhos que estão
A olhar para mim.
As rugas desse olhar
Irradiam simpatia
São o sol que me aquece
O calor do dia a dia.
As rugas desse olhar
Eram tudo o que eu queria...


Este poema foi feito no dia 24/07/2010

As mãos da minha Mãe

As mãos da minha Mãe
Lavaram
Varreram,
Plantaram,
Afagaram,
Limparam o suor,
Trabalharam noite e dia
Por uma vida melhor.
As mãos da minha Mãe
Suaves como o vento
Quando sopra do suão
Trazia sempre com elas
O calor de um Verão.
As mãos da minha Mãe
Eram doce melodia
Até quando batia...
Afagaram-me com carinho,
Secaram as minhas lágrimas
Com um lenço feito de linho.
As mãos da minha Mãe
Ás vezes amarguradas
Nunca me souberam a fel,
Eram doces como o mel
Apesar de estarem cansadas.
Estas mãos já tão velhinhas
Tão cansadas de amar
Deixaram-me aqui sózinha
Partiram,
Foram embora
Como dois anjos a voar...


24/07/2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Cidade de Espinho

Cidade de Espinho
Tão linda e airosa
Todos que a visitam
Dizem que é preciosa

A minha cidade é um cantinho
Plantado á beira mar
Eu não sei porque razão
A gente cá vem parar

Vem de carro ou de comboio
Vem de mota ou camião
Sobem e descem as ruas
Quando o tempo está bom

As ruas paralelas
Ou perpendiculares ao mar
A quem nos vem visitar
Não tem nada que enganar

A nossa rua desanove
É tão fresca e tão formosa
Com as montras enfeitadas
É um rua vaidosa

Gosto de n´ Ela passear
E de subir e descer
Gosto de olhar o mar
Quando vai entardecer

O mar é tão bonito
Parece prata a brilhar
Ele enfeitiça os olhos
De quem para ele olhar

Tem jardins e comércio
Igreja e Câmara Municipal
É das terras mais bonitas
Que existe em Portugal

O sol em Espinho a brilhar
Está lindo a valer
Quem me dera vê-lo assim
Toda a vida até morrer

Morrer com alegria
Ou, talvez de paixão
Desta tera tão bonita
Que trago no coração


9/07/2010

O Cavalinho

Corre, corre cavalinho
Corre, corre a trotar
Corre, corre cavalinho
Corre, corre sem parar

Corre, corre de mansinho
Descansa nas ondas do mar
Corre, corre cavalinho
Anda p´ra qui respirar

Respirar a maresia
Que te dá outro fulgor
Corre, corre cavalinho
Pelos campos em flor

Corre por entre penhascos
Pelo sol que irradia
Corre, corre cavalinho
Que a noite espreita o dia

Cavalinho vai dormir
O dia vai acabar
O sol já se escondeu
Numa noite de luar

10/06/2010

Olhos Negros

Olhos negros magoados
Cisnes que deslizam
Penas caídas
Lágrimas em lagos.
Um olhar tão profundo
Que fica para lá
Do fim do Mundo.
Olhos negros penetrantes
Voam por breves instantes.
São uma catedral
Ou um simples vitral.
Olhos negros porém,
Não fazem mal a ninguém!
Neste meu caminhar
Sobre campos e campinas,
Dois cucos vem espreitar.
Nas noites negras sem fim
Dou por mim a pensar
Nestes olhos tão negros
Que ficam a olhar para mim.


Este poema foi escrito no dia 27/07/2010

Lágrimas

O menino chorava
O menino sofria
E o coração da mãe
Doía, doía

Lágrimas rolavam
Pelo rosto da mãe
E a pouco e pouco
Seu coração aquecia

O menino sofria
O menino chorava
A mãe no seu colo
Ternamente o embalava

O menino chorava, chorava
E a mãe só lhe dizia
Não chores meu filho
Amanhã, é outro dia


Este poema foi inspirado num facto verídico
em 19/05/2010

O Palhaço

OPalhaço
É riso
É alegria
É sonho
É utopia

O Palhaço
É a força
É brincadeira
É dançarino
Numa roseira

O Mundo nas mãos
Brinca na areia
É tão engraçado
O nosso Palhaço
Os olhos tão grandes
Bolinha no nariz
Diz uma piada
Escapa por um triz

No circo trabalha,
Ganha dinheiro
Canta chorando.
Diverte as crianças
E sonha com elas.
Canta canções
Todas de cor,
E espera que o Mundo
Seja melhor!

Espinho ao Entardecer

Espinho ao entardecer
É bonito de se ver.
O céu um cocktail de azul
Que sou obrigada a beber.
É uma tela pintada
É uma carta fechada
Escrita em tons de pastel.
O Sol vai-se escondendo
Na linha do horizonte,
Em pinceladas viris
Talvez feitas por um pintor
Do Boulevard de Paris.
Os tons ficam mais adocicados,
Amarelos, laranjas, avermelhados
A seguir ficam mais escuros
Azuis, cinzentos
Da cor do aço.
Parece um quadro pintado
Por um tal de Picasso.