Voltinha gastronómica
Estes versos levam-nos num passeio pelo nosso Portugal, através da gastronomia e doçaria
As tripas á moda do Porto
Levam carne e feijão
É comer e encher o prato
E um copo de vinho bom
O grão de bico cozido
Com posta de bacalhau
Com salsa e cebolinha
O petisco não é mau
A mão de vaca tenrinha
É muito boa afinal
Depois de toda comida
É um grande festival
O leitão da Mealhada
É outro petisco bom
Com a batatinha frita
E um bom naco de pão
A caldeirada de peixe
E o marisco de babar
São os pratos mais usados
Por quem vive á beira mar
Sardinha bem assadinha
No braseiro da vizinha
Enguias e mexilhão
Claro que é tudo bom
O cabrito bem assado
Com batatas no fogão
Enche a barriga do povo
E os ossos são p´ro cão
A açorda muito boa
Com a sêmea bem cortada
Também é apreciada
Pelas gentes de Lisboa
As migas do Alentejo
Dão alento e calor
Com coentros e poejo
Sabem ainda melhor
E agora vem os bolos
Que são de chorar por mais
São os doces muito doces
Que nos fazem andar aos ais
É a baba de camelo
Feito na panela de pressão
Este doce não tem pêlo
Mas é muito, muito bom
É o pão de ló de Ovar
Que é muito molhadinho
É comer até fartar
Pois ele é muito docinho
É a torta de laranja
Que é coisa bem gostosa
Quando está a sair do forno
Deixa a casa bem cheirosa
É a tarte de amêndoa
Que sabe sempre bem
Come o Avô e a Avó
O Pai e a Mãe também
O doce Molotov
É um doce de excelência
Mas, para o fazer bem
É preciso competência
Aletria amarelinha
Com canela a enfeitar
É a massa bem docinha
Tão boa p´ro paladar
Os ovos moles de Aveiro
Comem-se na pastelaria
Num passeio pela ria
Num barco moliceiro
As trouxas das Caldas
E as areias de Cascais
Guardadas em caixinhas
São de chorar por mais
Do Algarve, os D.Rodrigo
São um doce muito bom
Feitos de amêndoa e de figo
E amor no coração.
16/06/2010
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