segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Cai a Neve

Cai a neve, cai a neve
Cai a neve no jardim
Cai a neve, lentamente
Nunca vi brancura assim.
Cobre tudo de branquinho
Como se fossem abraços
Ficam marcas no caminho
As marcas dos nossos passos.
Cai a neve, cai a neve
Uma toalha de linho
Repleta de alvura
Os olhos que a vêem
Estão cheios de doçura.
De doçura, de meiguice
De verem a neve cair
Só gostava que os meus
A pudessem ver sorrir.
Sorrir de felicidade
Ou sorrir de alegria
Cai a neve, cai a neve
Cai a neve todo o dia.

O Comboio

O comboio sobe a serra
Sobe a serra devagar
Os viajantes do comboio
Vem á janela espreitar.
Vêem cavalos á solta
Que andam por ali a trotar
Bandos de passarinhos
Por ali a chilrear.
O comboio sobe a serra
Entre os vales e o rio
As pessoas lá fora
Estão a tremer de frio.
O vento sopra,
As folhas caem,
Secam as giestas
Que há pouco
Estavam em flor.
O comboio sobe a serra
Vai lá dentro
O meu amor.


Poema feito em 8/07/2010

O Relógio

O relógio da igreja
Faz dlim dlão, dlim dlão
Convida as pessoas
Que se juntam ao portão.
Vão á missa de Domingo
Para se poderem confessar
E todos com alegria
Uma oração vão rezar.
Rezam o Pai Nosso,
E também Avé Maria
Pedem á Nossa Senhora
O pão para o dia a dia.
O relógio da sala
Faz dlim dlão, dlim dlão
Tantas vezes toca
Que parece uma canção.
Uma canção de manhã
Uma canção ao jantar
Outra ainda ao deitar.
Dlim dlão, dlim dlão
Faz o relógio
E bate o nosso coração.


Poema feito no dia 8/07/2010

A Folha

Eu sou a folha
Que o vento leva
Que vai voando
Ao teu redor
E tu...
O ar que me levanta
Que me dá força
Conforto e calor
Folha levezinha
Que poisa de mansinho
Junto da tua mão
Quero que a apanhes
E a guardes bem guardada
Junto do teu coração.

Sonho

Eu tive um sonho
Sonhei...
Com Catedrais
Com ogivas
Com vitrais
Com recifes de corais
Sonhei...
Com barcos a navegar
Com estrelas a cintilar
Com pirilampos a brilhar
Sonhei...
Com lagos de água cristalina
Transparente, opalina
Com taças de cristal
Perdidas num laranjal
Sonhei...
Com um cisne que flutua
Sob a luz pálida da Lua
Com uma criança graciosa
Com jardins em tons de rosa
Sonhei...
Com nenúfares poisados
Gerânios arrancados
Sonhei ...
Com paz
Com alegria
Com música,sinfonia
Sonhei com um Mundo ideal
Tudo tão simples
Tão belo
Tão normal
Como um dia de Natal...

sábado, 28 de agosto de 2010

Verbo Amar

Eu amo
Tu amas
Ele ama
Nós amamos
Amamos?
O que é o amor?
O amor é poesia
Alegria
Harmonia
Sintonia
Paz infinita.
O que é o amor?
É dar?
É receber?
É dor?
É saudade?
O amor,
É um sentimento abrangente
Que toca toda a gente.
O rico
E o pobre
O adulto
E a criança
O são
E o doente
O amor....
É um Mundo á nossa frente.



Este poema foi dos primeiros que escrevi
19/05/2010

Lua

A Lua é uma feiticeira
E em noites de luar
A sua luz incendeia.
Incendeia os corações
Que andam por aí a passear.
Corações apaixonados
Que querem namorar.
A Lua é minha e tua
Quando nós vamos p´ra rua
Por aí a caminhar....


Este foi feito no dia 8/07/2010

O meu casaquinho

Tive um vestido branco
Com uma risca azul de lado
E um lacinho ao fundo
Igual ao mar profundo
Ou ao céu bem azulado.
Fazia conjunto
Com um casaquinho de lã,
Feito pela minha mãe,
Sempre a trabalhar
Sempre a tricotar
Depois dos filhos deitar.
De manhã ao acordar,
Fui ver o meu casaquinho
Feito com amor e carinho.
Um casaquinho que começou
Num pequeno novelo de lã
Duas agulhas a dar a dar
E a minha Mãe a suspirar....


poema feito no dia 23/07/2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Riscos Coloridos

Uma criança pega num lápis
Faz dois riscos num papel
E prontamente responde
Que aquilo é um cordel.
A criança pega num lápis
Dá largas á imaginação
Desenha círculos e bolas
Diz que aquilo é um cão.
Riscos, rabiscos
Com o lápis de carvão.
Depois...
Pega em lápis coloridos
Que são os seus amigos
E desenha um balão,
Pinta com lápis vermelho
Que é da cor do coração.
O papel está coberto
Com aquilo que escreveu,
O lápis vai ser afiado,
Já está muito cansado...
Da folha de papel
Só resta um cantinho,
E a criança devagarinho
Pinta um arco-íris no céu,
Com os lápis coloridos
Que a sua mãe lhe deu.


Poema feito no dia 24/07/2010

Palavras

Poema dedicado a uma amiga no dia  9/06/2010


Já viste como a luz do Sol
Irradia todo o dia?
E a Lua que dança toda nua?
O rio corre para o mar
E eu, não quero ver
Os teus olhos a chorar.
E, quando a noite cair
Só te quero ver sorrir
Um sorriso encantador
Que não mostre a tua dor.
Que brotem carinhos
Da palma da tua mão
E que eles tenham
A forma de um coração.

Menina

Menina, a cor dos teus olhos
São castanho avelã
São lindos raios de luz
Que eu vejo pela manhã.
As janelas dos teus olhos,
São o sol dos meus dias
Quando olho para elas
Tenho risos e alegrias.
Menina correndo
Apanhando flores
Teus olhos menina
São os meus amores
Quando sorris de manhã,
Todo o mundo se ilumina
Teu sorriso é para mim
Uma dádiva divina,
Menina, teus lábios são
Dois baguinhos de romã
Teus cabelinhos loiros
Um raminho de hortelã
Minha menina, meu amor
Meu botãozinho de rosa
Menina tu és para mim
Uma pérola preciosa.
As tuas mãos pequeninas
São duas rosas na roseira
Os teus pèzinhos são
O meu pé de laranjeira.

Tristeza

Estou triste
Sinto-me só
Sòzinha, abandonada
Choro.
Os soluços afogam-se
Na garganta
As minhas tristezas
São tantas
Que já não sei
Quais são.
Penso, repenso
E pergunto:
Porquê? porquê?
Sei, mas não digo.
Quero desaparecer
Quero-me libertar
Quero ter asas e voar!
Mas digo: não, não e não!
Esta tristeza
Não me há-de vencer
Ainda tenho muito para dar!

O Linho

O Linho é semeado
Plantado,
Arrancado,
Sovado
Metido nas águas do rio,
Coitadinho, que frio!
Como é que alguém
Pode ser tão desgraçado?
E ter uma vida assim?
Depois de tanto sofrimento
Fica contente por fim.
Transformou-se em belos panos
Que tem a cor do marfim.
Fazem-se lençóis e toalhas
Com bordados de mil cores
Serve a mesa dos ricos
Parece um jardim com flores.


poema feito no dia 26/06/2010

Quero ser Feliz

Eu quero ser feliz!
Eu vou gritar!
Ao vento
Á chuva,
Ao tempo
Eu quero ser feliz!
Eu vou gritar!
Ao Sol
Á Lua,
Ás Estrelas
Eu quero ser Feliz!
Eu vou pedir ao tempo
Porque tenho pouco tempo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Leonor

Leonor é um poema
Uma ode ao amor
Leonor teu nome tem
O perfume da flor.
Teus olhos castanhos
São duas estrelas
Nas noites escuras
Eu olho p`ra elas.
Teu rosto rosado
Com cheirinho a alecrim
Fica todo corado
Quando olhas para mim.
Os caracóis do teu cabelo
São castanho avelã
São os cabelos mais bonitos
Que eu vejo pela manhã.
Teus lábios são duas rosas
Enfeitados de candura
O teu coração envolto
Num casaco de ternura.


poema escrito no dia 11/06/2010 e dedicado á amiga Leonor

Parir um Filho

Parir um Filho
É um acto de amor
É dar ao Mundo uma flor
Que cresceu dentro de nós.
Ser minúsculo,
Transparente,
Muito frágil,
Quase ausente.
Ventre rasgado,
Filho adorado,
Porém...
Faz lembrar o Menino
No colo de sua Mãe.
Batem dois corações
Em plena sintonia
São singelas orações
Que parecem sinfonia.
O cordão de ligação
Que acaba por quebrar
Parece uma nuvem de fumo
Que logo se desfaz no ar.
Nascem,crescem
De repente, fogem
Por entre os dedos da mão
Tal como a areia que brilha
Numa tarde de Verão.

O Xaile da minha Avó

O xaile da minha Avó
Era feito de lã merino
Cobriu meu irmão pequenino
Depois, passou para mim.
Embrulhou-me com amor,
Como as árvores em flor
Ou a hera no jardim.
O xaile da minha Avó
Andou comigo a passear,
No colo da minha Mãe
Que me foi mostrar o mar.
Senti um doce calor,
Talvez devido ao amor
Ao aconchego do lar.
Este xaile tão velhinho
É grata recordação
Está muito bem guardado
No baú do coração


Poema feito no dia 24/07/2010.

Reflexo

Antes de sair de casa
Olhava-se ao espelho
Achava-se bonita,
Amarrava os cabelos
Com uma fita.
Os seus olhos
Brilhavam de satisfação.
E com razão!
Era a moça mais bonita
Da aldeia, namoradeira
Em noite de lua cheia
Não saía do portão.
Hoje, olha-se ao espelho
Vê um reflexo de então.
Um rosto cansado,
Com rugas, doente
Um corpo que sofre
Carente.
Oiço um lamento!
Acontece a toda a gente
Fui jovem!
Já não sou!



Poema escrrito no dia 14/07/2010

Pensamentos

Quando a manhã despontou
Ia eu caminhando lentamente
Cogitando meus pensamentos
Lembrando o meu amor.
Lindi lírio em flor
Ou um cândido jasmim
Que guardo só para mim.
Continuei a pensar,
Caminhando lentamente
Acabei ficando ausente
O pensamento a vaguear...
Á noite, quando
Aparecer a alva Lua
Parece um cisne que flutua
Preparado para voar.

Gaivotas na Praia

Gaivotas na praia
Voam de mansinho
Asas ao vento,
Sobre o azul do mar.
Nuvens passam devagarinho,
De repente, uns pingos de chuva
Parecem cachos de uva
Quando estão amadurar.
As pessoas abandonam a praia,
Caminham devagar.
O céu ficou mais azul,
O sol voltou a espreitar,
E as gaivotas continuam
Por ali a planar....



Este foi escrito na praia no dia 18/08/2010

Olhos Azuis

Olhos azuis radiantes
Tal e qual mil brilhantes
São centelhas a faiscar.
São topázios, diamantes,
São histórias de encantar.
Estes olhos fascinantes
Embarcam no meu bergantim,
Levam-me a navegar
Cavalgando sobre o mar
Envolta em lençóis de cetim.
Atravesso lagos e rios
Mares e Oceanos
Guardo pérolas em fios
Esmeraldas em panos.
Vejo sombras de navios
Reflectidas nas águas,
Vejo estrelas cadentes
Que passam por mim sorridentes.
Estes olhos tão azuis,
Tão claros, transparentes
Vão-me deixar a sonhar...
Neste sonho da cor do mar.


Este poema foi escrito no dia 27/07/2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Querubim

A criança brinca no jardim
Com os seus caracóis loiros
Parece um querubim.
Um querubim abençoado
Que na terra foi criado.
Criado com muito amor
Botão de rosa em flor.
Flor branca ou lilás
Talvez um anjo
Tanto faz!..
Pombas esvoaçam no céu
Cobrem a luz com um véu
E, imploram ao senhor,
Que o mundo
onde elas vivem
Seja de Paz e Amor.


Este pequeno poema foi escrito no jardim infantil no dia 11/7/2010

A trança dos teus cabelos

A trança dos teus cabelos
Um lindo sol dourado
É parecida com um poema
Um poema inacabado.
Este poema enrolado
Amarrado só de um lado
Com um laço encarnado,
Tal e qual um arco-íris
Com as suas sete cores
Sete arcos coloridos,
Que lembram os meus amores.
Quando olho para o céu
Não me esqueço de ti,
Lembro-me da tua trança
Tão bonita, eu nunca vi.
Bonita como uma estrela
Que está no céu a brilhar,
Vou olhando para ela,
Até a noite acabar,
E a aurora despontar.

O Tempo

Há tempo para nascer
Há tempo para morrer
Há tempo para rir,
Para cantar,
Para festejar.
Há tempo para sentir,
Para divertir,
Para brincar.
Há tempo para falar,
Para silenciar,
Para continuar...
Há tempo para a paixão,
Para o amor,
Para o desamor.
Há tempo para gritar
Para desabafar,
Para chorar.
Há tempo para sofrer!
Há tempo para sonhar!
Há tempo para o calor!
E há tempo para dizer:
-Gosto de ti meu amor!

Vidas

Vidas tristes
Vidas magoadas
Vidas desgraçadas,
Vidas separadas,
Vidas...
Vidas sòzinhas,
Vidas abandonadas,
Vidas que não tem ninguém!
Vidas que chamam,
Vidas que gritam,
Vidas que choram
Vidas que querem alguém!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nuvens

Nuvens brancas
Envoltas em bruma
Embrulhadas em espuma
Nuvens de algodão.
Nuvens que passam uma a uma
Por entre os dedos da mão.
Nuvens carregadas de chuva
Que trazem notícias
Do meu irmão.
As nuvens,
Vão passando...
Vão levando...
Saudades do meu coração

Amizade

Para todos os meus amigos:

Amizade...
É um jardim colorido
Arco-íris florido
Névoa na planície
Cisne que desliza
Pássaro ferido.
São bolinhas de sabão,
São pedrinhas coloridas
Na palma da minha mão.
São rebuçados de mel
Que ás vezes sabem a fel.
Amizade...
É o céu azul
Estrelas a brilhar
São pássaros a voar
Voando de Norte a Sul

Para Ti

Quando formos velhinhos
Os cabelos branquinhos
As rugas marcadas no rosto,
Vou sempre lembrar
Aquele mês de Agosto
Em que comi no teu pasto
E provei do teu mosto.
És a minha videira,
A gavinha que me segura
Com força, com ternura.
És o tronco de oliveira
Que me acalma e incendeia,
E nas noites de Verão
És o açúcar
Que cobre o meu coração.
Vamos continuar a viver,
Os dois a envelhecer,
A estrada percorrer
Da vida que falta viver.
O que ficou?
Ilusões?
Recordações?
Não importa!
Quero-te sempre junto de mim
Hoje
Amanhã
Até ao fim!...

Quem sou Eu?

Quem sou eu?
Sou a dona
De um corpo imperfeito
Com um coração
A bater dentro do peito.
Porque sou assim?
Não sei!
Até podia ser de outro jeito,
Mas não sou!
O meu pensamento vagueia
Trémulo como a luz da candeia
Em noite de lua cheia.

Outono

Hoje acordei melancólica levantei-me e estava a chover, então... resolvi escrever.

OVerãojá terminou
O outono está a chegar
Bandos de andorinhas
Vão mudando de lugar.
Voam para terras distantes
Á procura do calor
Levam dentro do peito
As trovas do meu amor.
Das árvores caem as folhas
Amarelas, alaranjadas
Estão a ficar velhinhas
Parecem mãos enrugadas.
O tempo fica mais frio
O jardim fica vazio.
Entra tudo em languidez
Parece a história de amor
De D. Pedro e Dª Inês.
É assim o Outono.....

domingo, 22 de agosto de 2010

Festas

Como estamos em época de festas e romarias vou escrever uns versos que fiz no dia 12/06/2010

Há festas e romarias
De norte a sul de Portugal
Divertimentos todo o dia
E ninguém nos leva a mal.

Os foguetes são coisa boa
Chamam o povo p"ra festa
Não vamos correr á toa
Temos o tempo que resta

A concertina e o acordeão
Juntos p"ra festa vão
O povo dança de roda
O fandango e o malhão

O violino é mais fino
Produz música celestial
Melodias muito lindas
Ouvidas em Portuga

A viola e a guitarra
Tocam com o fadista
Mostram toda a sua garra
Acompanham o artista

O tambor e os ferrinhos
Também ajudam á festa
Com sinos e martelinhos
Não há outra como esta.l

Perfume

Lirio, Mangerona, alecrim
Frasco de marfim
Perfume, perfume
Essência de mim.
Rosa da Alexandria,
Areia do deserto,
Oásis,
Miragem
Nuvem que passa no ar.
Uma leve aragem,
Um lobo a uivar,
Um pássaro a chilrear,
Uma voz a cantar,
Dois braços a embalar,
Um castelo altaneiro
Sobranceiro ao mar.
É o sol,
É a chuva
Num dia de Verão.
É o frio,
É o vento
É um trovão.
É a brisa que perfuma
O meu e o teu coração

Quadros

Como gosto  de bordar a ponto de cruz, lembrei-me de escrever sobre os bordados.

Quadros,quadros
Bordados a ponto de cruz
São o olhar que reluz
Debaixo das doces pestanas.
Das pestanas destes olhos
Que não se cansam de bordar
Tal como um rio
Que corre para o mar.
As paredes da minha casa
parecem uma cercadura.
De miosótis, margaridas,
Rosas das cores mais garridas
Tudo numa grande mistura
As mãos agéis a bordar
Enfiam as linhas na agulha,
Sem nunca se cansarem,
Até o dia findar
E, o olhar desesperar....
.

Aragem

Na praia, sopra uma brisa
É o vento que desliza
Uma leve aragem.
Até parece uma miragem,
Que deixa os corações a palpitar.
Envolvidos nas ondas do mar.
Mar salgado
Mar dolente,
Transforma-se de repente
Em azul transparente.
Molha a areia,
Faz espuma
E as ondas uma a uma
Vão e voltam novamente.
As ondas...
Vão e vem
Será assim,
Eternamente...

A Praia

Como estamos de férias e vamos á praia, aqui está um poema sobre ela.

Na linha do horizonte
Passa um barco devagar
As velas enfunadas
Por ali a navegar.
Conchas, búzios, pedrinhas
Algas que querem brincar,
muitas mãos pequeninas
Ali... na orla do mar
Areia prateada,
A pele queimada,
Em fundo azul.
Barracas de pano,
Riscas ao vento,
Brisa que sopra
Num desalento...
Sol que brilha dourado,
Uma bola avermelhada
Que saltita por ali
Vozes que falam
Daqui e dali.
Bandeiras agitadas
Não querem estar caladas
Silêncio!... tanta gente!
Ouço o mar a sussurrar,
Num murmúrio, ele diz:
Vem!
Anda para aqui namorar.

sábado, 21 de agosto de 2010

Passos

Olho através da vidraça
E vejo gente que passa.
O vento uiva,
A chuva cai.
Está frio lá fora!
Ouço passos...
Passos apressados,
Passos corridos,
Passos doridos,
Passos cansados,
Passos que passam.
Olho através da vidraça,
E, vejo gente na praça.

Carolina

Este pequeno poema é dedicado á minha neta Carolina que tem 17 meses,e por quem sinto uma ternura tão grande que nem sei explicar.

Minha neta Carolina
É um chocolate docinho,
Uma prenda pequenina
Embrulhada em organdi
Oh! como eu gosto de ti!
És um pingo de mel
Numa caixinha de papel.
Meu amor,
Minha doçura,
Não te afastes de mim.
De mãos dadas, tu e eu
Vamos partir á aventura
Entre rios de ternura
Numa viagem sem fim.

Pássaro azul

Pássaro Azul
com penas de cetim
Leva-me contigo
Não te afastes de mim
Deixa-me voar
Nas asas do teu desejo,
Entre vales e montes
Rios e desfiladeiros
Sentir o sopro de um beijo.
Voa meu Pássaro Azul,
Mostra-me o cântico das fontes,
O murmúrio dos riachos,
O desabrochar das flores,
A dança das fadas,
O sorriso dos duendes.
Voa meu pássaro Azul
Deixa-me ir contigo
Deixa-me ser feliz!

Amélia

Num recanto do jardim
Vi uma catraia
Vestida com uma saia
Da cor do alecrim
Chamava-se Amélia,
Dois olhos amendoados
Parecem dois namorados
A olharem para mim.
A saia a flutuar
Parece as ondas do mar
Batendo na areia
Assim...
Não vou esquecer a Amélia
Branca como o algodão
Tal e qual uma camélia
Que guardo no coração.

Ondas do Mar

As ondas do Mar
Rastejam na areia
Conchinhas que brilham
Na lua cheia

Ondas que saltam
Que vão e vem
A praia deserta
Não tem ninguém.

O vento do norte
É tão forte
Leva tudo num turbilhão
O frio é tão frio
Que me gela o coração.

As ondas do mar
Vem de mansinho
Batem na areia devagarinho
Devagar, devagarinho
Como o andar de uma criança
O vento, sopra de mansinho
E adormeçe na bonança.

Amar

Amar...
É paixão
É calor
É carinho
É satisfação
É uma ilusão!

Amar...
É um rio
É um lago
É uma nuvem
É o mar
É um desafio

Amar...
É dar e sonhar
É sofrer e partilhar

Amar...
É um desatino
Amar...
É dizer a um amigo
Leva-me contigo!