sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Menina Ternura

A menina está á janela
Com seu rosto cor de marfim
Fiquei preso no seu olhar
Quando ela olhou para mim
As persianas dos seus olhos
Parecem uma cercadura
Pequenas gotas de mel
Pedaçinhos de ternura
Amá-la-ei eternamente
E nas noites de luar
Vou olhar para a janela
Vou começar a cantar.

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domingo, 9 de janeiro de 2011

Perdi-te!

Perdi-te!.. e ao perder-te
Tu e eu também perdemos
Eu, porque tu eras
O que eu mais amava
E tu, porque era eu
Quem te amava mais
Mas dos dois...
Tu perdes mais do que eu
Porque, eu poderei amar outros
Como te amava a ti
Mas nada, nem ninguém
Te amará como eu te amei!

Cansaço

Cansei-me de sonhar
Em sentido contrário
A minha alma
Move-se por céus abertos
E tu, tens medo de voar
Se conjugas a vida
No pretérito imperfeito
Jamais aprenderás a acreditar
Jamais aprenderás a amar.

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A Minha Vida

A minha vida é um deserto
Por te amar de coração aberto
Querer-te foi uma estupidez total
Uma tormenta de dor
Uma história de terror
Acreditei em ti, e depois...
Disseste-me adeus
Tantos sonhos!...
Para quê?
Tentarei reconstruir a minha vida
Quero paz! vou seguir em frente
Não vou olhar para trás.

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Tanta Tristeza

Estou triste meu amor
Apetece-me chorar!
Sabes porquê?
O tempo está como eu
Chuvoso, triste, melancólico
Não há borboletas a voar
Nem rouxinóis a cantar
Nem estrelas a brilhar.
Anda... vem ter comigo
Agora que está a chover
Só quero que me digas ao ouvido:
Não chores amor,
A chuva está a sorrir para ti!

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Jorge e Maricas

Jorge é um pobre pateta
De modos parlapatões
Que descende em linha recta
Da nobreza alta e selecta
Dos mais ilustres Barões!
O dinheiro não lhe falta,
E o pesar não o amofina
Faz riso ver o peralta
Quando vai de bota alta
E o chapéu á zamparina
Maria, pelo contrário
Não tem ascendência nobre
Nem brazão nobiliárquico
Tem o labor e o fadário
Que é a nobreza do pobre
Um dia de madrugada,
Seguindo o atalho da azenha
Ia a pequena ajoujada
Levando um molho de lenha,
Nisto, pelo mesmo caminho
Em sentido inverso passo
Vai o orgulhoso fidalguinho
De espingarda e polvorinho
Rede e chumbeiro de caça.
Olá!- brada-lhe arrogante
Parando junto da balsa
O fidalgote farfante
Quem é esta mendicante
Tão suja, rota e descalça
Trazendo os pés num cilício?
Deves popar muito as solas!!!
Magoa-te o sacrifício?
Estão, são ossos do ofício
De quem só vive de esmolas!!!
De esmolas?!!!: volve a Maricas
A que o julgasse dei aso?
Tu, que sem dó me escarnicas
Tens centos de coisas ricas,
Mas cobiçei-tas acaso?
Em sedas não me amortalho,
Não ando á caça também,
Nado posso, nada valho
Mas vivo do meu trabalho
Não peço nada a ninguém!
Sabes que mais? vai caçar!
Mas escuta esta lição!
Eu vivo do labutar
Quem vive sem trabalhar
É que é mendigo,ou ladrão!

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Belém

Só depois que nasce a Lua
E que a noite principia
Vem aí a madrugada
O canto da cotovia.
Estrelas brilham no céu
Pequenos pontos de luz
Em Belém cidade pequena
Nasceu o Menino Jesus.

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