terça-feira, 27 de maio de 2014

Alma de Poetisa...
Tivesses tu asas para poder voar!
..... até ao infinito e mais além....


Florbela Espanca

INFINITAMENTE

És a minha casa
A casa das tardes infinitas
E das manhãs cheias de sol
És a minha casa!
Aqui, repouso a cabeça
e saboreio o teu colo
Aqui, as nossas mãos entrelaçam-se
e vivem esse momento
Aqui, os nossos olhares encontram-se
as nossas bocas procuram-se
e os nossos corpos desejam-se
És a casa que eu sempre quis
e quero mais manhãs, mais tardes
mais noites infinitas
Quero adormecer infinitamente
na minha casa
A minha casa das tardes infinitas
e das manhãs cheias de sol.


Fernanda Cabral