quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Atitudes de Rafael Ucman

O problema é que as pessoas dizem "eu amo-te" mas esquecem-se daquele bilhete de "bom dia" daquela mensagem de "boa noite, estou com saudades, esquecem-se de perguntar se estamos bem! assim... sabem? só por perguntar.
Esquecem-se do abraço sem pretexto, do presente fora de época, esquecem-se de dar atenção aos detalhes e, isso... faz com que esse "eu amo-te" perca o valor; porque o amor não se alimenta de palavras, alimenta-se de atitudes.

Hoje

Hoje!....
Os teus olhos sorriram para mim
Foi um dia tão claro, tão bonito
Que não houve lugar para a noite
Os teus olhos brilharam
Brilharam em mim,
Brilharam em ti
Brilharam em nós
E, a luz que os envolvia era tão grande
Que iluminou as meninas dos meus olhos
Transformando-as em dois sóis
Hoje...
Trouxeste-me o amor!...

Fernanda Cabral

26/08/2012

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Crónica nº 2

Era eu uma menina, 15 anitos acabadinhos de fazer, sossegada, sorriso maroto e com uma vontade de enfrentar o Mundo.
Andava a estudar no antigo 5º ano e tinha um professor de uma disciplina, da qual nem me lembro o nome,mas dele, sim! nunca o esqueci.
Era o Dr. Arlindo, figura caricata, baixo, magro, rosto anguloso, nariz grande, já com a proveta idade de quase 80 anos (dizia ele) mas boa pessoa. Ah! e sofria de surdez, imaginem as situações caricatas que aconteciam nas aulas dele.
Tinha uma particularidade. usava as calças pelos tornozelos que os suspensórios puxavam mais para cima
e gostava de pão com Alpina (nome de manteiga usual nesse tempo). Entrava na sala de aula, sentava-se,
pousava a pasta, tirava a manteiga de dentro dela, olhava para mim e dizia: A menina por favor vai-me comprar um pãozinho e barra-me com Alpina?
Escusado será dizer que ficou conhecido pelo Dr. AA (Arlindo Alpina)
Que màzinhas que nós éramos!!!!!!

Fernanda Cabral
14/08/2012

Crónica

São quase duas horas da manhã e eu sem conseguir dormir.
Dou voltas e voltas na cama, à volta de um tema: A Felicidade
A Felicidade existe ou será uma coisa efémera?
Será que sou feliz? não sei! se calhar não sou!
E esta ideia burila na minha cabeça como um tic tac de um relógio
Sou, não sou, sou, não sou, sou, não sou....
Bem, vou mas é enroscar-me nos meus lençóis e tentar dormir
Que amanhã é um novo dia
Boa noite!

Fernanda Cabral
13/08/2012

Poema Acróstico

Felicidade...
É um momento breve
Relógio que para
Na minha solidão
Amar...
Nunca é tarde!
Dá-me a tua mão!
Ama-me!

Cada noite que passa
Abraço-te no meu olhar
Beijo-te nas palavras
Realizo-me em ti
Abro-me no teu peito
Leva-me contigo!

Fernanda Cabral
10/08/2012

Vou Pintar o Teu Rosto

Vou pintar o teu rosto na Lua
As tuas mãos nas estrelas
O teu corpo no Sol
Numa ameaça cósmica
De telas e pincéis
Aguarelas e guaches
Iluminadas de luz
Que me transcende e seduz
Vou levar o teu retrato
Deixá-lo entrar em órbita
Numa viagem alucinante
Por estrelas e nebulosas
Meteoritos e cometas
Colocá-lo nos anéis de Saturno
Ou.... quiçá! em Plutão
E.. deixá-lo amarar no meu coração
Quer queiras! ou não!

Fernanda Cabral
12/08/2012

Sentes?

Sentes amor?
Uma leve carícia deslizando na tua pele
tão leve como uma pluma?
Sentes amor?
Uma leve aragem que sopra de mansinho
numa noite de Verão?
Sentes amor?
O toque aveludado das pétalas de uma camélia
colhida no jardim?
E como por magia, um sopro de vento transforma-me
e eu sou pétala de camélia, carícia ondulante,
 pluma que desliza na tua pele, provocando
sensações irresistíveis de prazer
Sentes amor?

Fernanda Cabral

10/08/2012

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Só... o Amor

Deito a cabeça no teu colo e, sorris para mim.
Fecho os olhos e sinto os teus dedos,
Percorrendo a minha pele por breves instantes.
Sinto os teus lábios molhados com sabor a mar
Fico com sede do teu sal
O barulho das ondas embala-me docemente
E leva-me a navegar por ilhas, praias desertas
E palmeiras ondulantes
O sentir...
É tão bom e o tempo, é tão pouco!
A seguir... é o Amor....
Só... o Amor!...

Fernanda Cabral

Poema feito no dia 31/07/2012

Os Teus Sonhos

Os teus sonhos, sim... os teus sonhos
São cascos de navios com cheiro a maresia,
Deslizando livremente, neste mar que é só teu.
A madrugada desponta nas vagas alterosas,
Que fustigam as velas livremente,
E os teus sonhos, sim... os teus sonhos
Não passam de pequenos barcos, pequenos botes á deriva,
Nas suaves curvas das ondas, que te levam a navegar
E sonhar, qual Neptuno envolto em nebulosas de estrelas.
Deixo-me envolver nos teus sonhos, banhados pelo luar
Emergindo por ti, submergindo em ti
Depois, é somente este sabor
A... Mar!

Fernanda Cabral

Poema feito em 29/07/2012