segunda-feira, 25 de julho de 2011

Maria Alice

Ao passar na encruzilhada
Encontrei a Maria Alice
Trazia nos braços dois molhos
De flores brancas, amendoadas
Nas tranças negras orvalho
Das madrugadas molhadas
Camélias, gardénias, margaridas
Num jogo de sedução
Disputando a primazia
De estarem naquela mão
Levou o seu perfume com ela
Deslizou pela planície
E eu fiquei enlevada a olhar
O andar de Maria Alice

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Amar... Sofrer

Amar... sofrer
Verbos no meu ser conjugados
Lágrimas nos meus olhos cansados
Frio que gela o meu ser
Mil recordações...
Que não quero mais lembrar
Alegrias em mim passadas
São gotas frias
De um deserto escaldante
Que foi meu coração amante
Por isso digo que não quero mais sofrer
Não quero mais viver mendigando amor
Travo amargo que define um passado
Deste homem inacabado
Que sou eu!

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Ela

Gostava de ser um junco em movimento
Ter os meus cabelos despenteados pelo vento
Adormecer entre as folhas nuas
Por um fugaz e breve momento
E quando a flor do sono fechar os olhos,cansada
Mais cedo, ou mais tarde o silêncio
Virá perguntar por mim
E o Sol dependurado nos ramos
Como maçã madura responderá:
Ela está aqui!

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Tua Imagem

A tua imagem é uma lufada de ar fresco
Nos dias quentes de Verão
Sonho com o teu abraço!
Quero viver cada segundo
Como se não existisse amanhã
O teu olhar doce, em mim
Como nunca mais....
E, nas rajadas frias da maré
Sonho contigo!
Até quando?

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sábado, 2 de julho de 2011

A Minha Escola

A minha escola primária
Tinha a porta principal
Uma janela de cada lado
Por onde entrava o Sol
Eu brincava no recreio
Ao macaquinho do chinês
Para saltar á corda
Esperava pela minha vez
Era uma escola de meninas
Rapazes não entravam não
Ficavam do outro lado
A brincarem ao pião
Quando entrava para a sala
O pretérito imperfeito
Era a minha matação
Ficava com dores de barriga
Dia sim e dia não
Gostava muito de ler
E de escrever também
A professora gostava
E dizia á minha mãe
Certo dia decorei
Um poema de Gil Vicente
Recitei a toda a turma
Com uma calma aparente
Nos trabalhos manuais
Fiz um peixinho de papel
A cor dele era branca
Debuado com cordel
Tenho tantas coisas p´ra contar
E para guardar talvez
Vou contando pouco a pouco
Um bocadinho de cada vez

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